Teto vegetal: saiba como ter e as vantagens para a casa

Teto vegetal, telhado vegetal, cobertura vegetal, jardim suspenso ou telhado verde. O nome varia, mas o conceito é o mesmo: a instalação de uma camada de grama ou plantas sobre telhados ou sobre a laje impermeabilizada. 

Pensado detalhadamente dentro do projeto arquitetônico, o teto vegetal é uma solução viável para auxiliar na drenagem das águas pluviais, podendo evitar as enchentes na região onde estão instalados, além de ser um ótimo isolante térmico e acústico, evitando a transferência do barulho, do frio e do calor para o interior da residência.

A International Green Roof Association (Associação Internacional de Telhado Verde) classifica o teto vegetal em três tipos: intensivo, com plantas médias e grandes em uma estrutura de 15 a 40cm; semi-intensivo, com plantas de porte médio, em estrutura de 12 a 25cm; e extensivo, com plantas rasteiras de porte pequeno, formando um jardim, com altura de 6 a 20cm. A forma de aplicação pode variar. Dá para montar a estrutura diretamente sobre a laje, há módulos que já vêm prontos com a vegetação e existe o formato de pisos elevados que armazenam água da chuva para irrigar as plantas.

Embora muitos pensem sempre em telhado verde com grama, é possível cultivar de tudo. Dá até para montar uma horta caseira para cultivar legumes, verduras, frutas. É possível inclusive cultivar grãos de culturas maiores, como trigo, feijão, milho. Mas, claro, é preciso que o imóvel esteja estruturado para aguentar a estrutura.

Outros pontos positivos– A economia de energia é um bom chamariz para a opção por telhados verdes. Isso porque o sistema, em decorrência de sua função de isolante térmico, ajuda a reduzir os gastos com refrigeração e aquecimento. Há estudos que estimam uma economia de cerca de 30% na conta de energia. Também é possível citar como vantagem o papel do teto verde na melhora da qualidade do ar nas cidades, pois ele absorve os gases nocivos e liberam oxigênio. E por que não citar o cunho estético? Os telhados verdes embelezam o lugar e quebram a frieza causada pelo excesso de construções. E contribuem para a biodiversidade, servindo de habitat para borboletas e pássaros.

Poucas desvantagens – Como tudo na vida, também há algumas desvantagens associadas à instalação do telhado verde. No entanto estes pontos negativos são, majoritariamente, relativos a algumas restrições e imposições. Por exemplo, é fundamental contratar profissionais especializados, para evitar problemas futuros com vazamentos ou infiltrações. A depender da estrutura do imóvel, a instalação do telhado verde pode ser inviável. É fundamental dar manutenção, para manter a vegetação saudável e bonita. E ainda tem o investimento inicial, ou seja, não há como ter um telhado verde sem custos. Mas a longo prazo, todo o gasto será compensado com economias e qualidade de vida.

Manutenção do teto verde – Para ter um telhado verde, é preciso pensar em tudo, especialmente no cuidado. O tipo intensivo requer mais cuidado, por abrigar plantas mais robustas. No mais, é importante escolher uma vegetação própria para aquela localidade, que seja resistente à temperatura e clima locais, e, especialmente, que requeiram pouca poda e pouca rega. Estes cuidados permitirão uma durabilidade e intervalo de manutenção maiores.

Cálculos – A estrutura do imóvel precisa suportar o peso da instalação de um teto verde. É preciso calcular exatamente a carga que terá a estrutura, a vegetação, o substrato e, inclusive, a água da chuva que ficará acumulada. Para saber se o imóvel suporta um telhado verde, o proprietário deve pedir orientação a um engenheiro, que vai avaliar a estrutura da residência, indicar a possibilidade de criar o jardim suspenso e sugerir o tipo de estrutura. E se o imóvel ainda não foi construído, o proprietário deve comunicar ao profissional responsável seu interesse em construir um teto vegetal, para que a estrutura da casa seja levantada já prevendo esta possibilidade.